Um dos maiores equívocos que as empresas podem cometer é pagar os impostos sem fazer a devida avaliação a respeito de seu empreendimento nos regimes tributários disponíveis. Isso porque uma boa análise a respeito das características da empresa em função de cada um dos modelos de tributação favorece a economia no pagamento de impostos, além de simplificar os procedimentos burocráticos. Chamamos isso de planejamento tributário.
Diferentemente de práticas como a sonegação, o planejamento tributário é uma atividade legal, onde o grande foco está na escolha do melhor enquadramento tributário possível para evitar o pagamento de impostos de maneira desnecessária.
Por que o planejamento tributário é importante para a empresa
Para que o planejamento tributário seja realizado corretamente é preciso fazer uma análise profunda do universo da organização.
Assim, questões como a definição precisa da atividade que a empresa realiza, seu nicho de atuação, o mercado em que atua, além de elementos como o estudo comparativo dos regimes tributários, a avaliação de regimes especiais e benefícios possíveis, o estudo de impostos, a classificação fiscal de produtos e serviços, aberturas de filiais, entre outros precisam ser considerados.
Para que a empresa tenha destaque no mercado, o planejamento tributário é imprescindível. Somente com uma boa relação com a questão dos tributos é que torna-se possível melhorar resultados e garantir maiores lucros a partir da diminuição das despesas.
Como executar o planejamento tributário de sua empresa
É importante deixar claro que a definição do regime tributário mais adequado é o grande diferencial do planejamento tributário, entretanto, para que isso seja feito da maneira correta é preciso fazer um estudo completo de sua própria empresa.
Assim, ao determinar com precisão as atividades que ela realiza é possível considerar os três regimes disponíveis para as empresas brasileiras, o Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido.
Simples
Basicamente, o Simples é um regime tributário diferenciado, desenvolvido especialmente para empresas de pequeno e médio porte, que tem como principal característica a unificação dos principais impostos devidos por essas empresas numa mesma guia, o Documento de Arrecadação do Simples, popularmente conhecido como DAS.
Restrito a empresas que faturam no máximo R$ 3,6 milhões anuais, o Simples facilita muito a vida do pequeno e médio empreendedor, pois agiliza sua relação com as obrigações legais.
Lucro Real
Já o Lucro Real é o regime de tributação obrigatório para empresas que faturam mais de R$ 78 milhões anuais. Entretanto ele é optativo para empresas que preferem que seus tributos sejam calculados sobre o lucro líquido obtido.
Por ter a tributação calculada sobre o lucro, é o regime tributário teoricamente mais justo entre os três.
Lucro Presumido
No Lucro Presumido o cálculo dos impostos é realizado sobre a média dos resultados de todas as empresas que executam aquela atividade no país. Assim, quem opta pelo Lucro Real tem seus impostos calculados sobre a média nacional, o que representa uma vantagem considerável para empresas que faturam muito acima da média.
Em resumo, faturamento e atividade são os dois elementos fundamentais que sua empresa deve analisar para fazer uma boa escolha de regime tributário.
Enfim, se sua empresa tem esbarrado na questão tributária e por isso não consegue obter melhores resultados, considere fazer o planejamento tributário. Isso permite reduzir gastos e, consequentemente, dar à sua gestão condições melhores para investir. Quem sabe não seja este o segredo do sucesso para o seu empreendimento?
Deixe seu comentário e vamos discutir sobre o assunto.
Fonte: Assis Videira Contabilidade – Cassiano Silva