SÃO PAULO – O número de pedidos de falência no Brasil caiu 9,9% no primeiro trimestre do ano comparado ao mesmo período em 2016, segundo dados da Boa Vista SCPC. Já a porcentagem de falências efetivamente decretadas subiu 7,6% na mesma comparação.
O número de pedidos de recuperação judicial teve queda de 15,2%, enquanto as recuperações judiciais deferidas caíram 10,2%.
Empresas
De todos os pedidos de falências, apenas 1% se referem às grandes empresas (com renda bruta anual acima de R$ 300 milhões, pelos critérios do BNDES) e 11% às médias (renda bruta anual de R$ 16 mi a R$ 90 mi). As pequenas (de R$ 2,4 mi a R$ 16 mi) representam a maior parte: 88%.
Quando se trata de falências decretadas, as pequenas representam 92% do total, e as médias, 8%. Não houve falências decretadas de grandes empresas.
A fatia de pequenas e médias nos pedidos de recuperação foi igual à proporção de cada segmento no total de recuperações deferidas. Mais uma vez, não houve pedidos nem deferimentos referentes a grandes empresas. As médias e as pequenas empresas apresentaram 7% e 93%, respectivamente.
Setores da economia
Dos setores da economia, o industrial foi o que apresentou o maior número de pedidos de falência, chegando a 39% do total. Serviços e comércio registraram, respectivamente, 35% e 26%. Entretanto, o setor da indústria mostra o menor número de falências decretadas (29%), enquanto o de serviços foi o que teve a maior participação, de 36%. A área comercial atingiu 35%.
Sobre os pedidos de recuperação judicial, 23% se referem à indústria, 41% a serviços e 36% ao comércio. O número de recuperações decretadas foi maior no setor de serviços, com 45%, seguido de 30% de comércio e 25% da indústria.
O indicador de falências e recuperações judiciais é construído com base na apuração dos dados mensais registradas na base de dados da Boa Vista SCPC, oriundas dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.
Guilherme Souza
Fonte: DCI – Diário Comércio Industria & Serviços