O presidente-executivo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou nesta quinta-feira (23) que as empresas precisam avaliar com cuidado se o caminho da recuperação judicial é o melhor porque poderão precisar dos bancos no futuro.
O executivo fez o comentário a respeito do anúncio do maior pedido de proteção judicial contra credores da história do país feito pela Oi nesta semana. O BB é credor da operadora de telecomunicações.
"O sistema financeiro tem que usar todos os meios legais e judiciais para recuperar seus ativos", disse o executivo a jornalistas durante evento do setor bancário.
Fonte com conhecimento do assunto afirmou à Reuters na véspera que o BB fará uma provisão adicional de cerca de R$ 650 milhões no balanço do segundo trimestre após o pedido de recuperação judicial da Oi. A instituição concedeu empréstimo bancário de R$ 2,4 bilhões à Oi.
Caffarelli comentou ainda a jornalistas, durante evento do setor bancário, que a deterioração do cenário de inadimplência e demanda por crédito parou de piorar em junho.
"Começamos a ver uma reversão do fluxo positivo em termos de inadimplência e demanda por crédito. Essa reversão deve começar a ser sentida nos resultados no BB no segundo semestre", disse o executivo. "Temos um cenário desafiador no segundo semestre, mas vamos nos esforçar para entregar uma rentabilidade no tipo da estimativa (do banco) para 2016", acrescentou.
Segundo Caffarelli, o Banco do Brasil trabalha com cenário de que não precisará de aportes do Tesouro para se enquadrar às regras de capital de Basileia III.
Edição Alberto Alerigi Jr.
Fonte: UOL Economia (economia.uol.com.br)