A crise econômica e o gigantesco número de desempregados no país acaba por impulsionar a busca de alternativas para a geração de renda. Como para milhões a dificuldade de encontrar trabalho formal tem feito parte do dia a dia, o empreendedorismo se tornou uma possibilidade real de inserção no mercado de trabalho. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, no primeiro trimestre deste ano o número de empresas criadas foi o maior desde 2010. No total foram registradas a abertura de 516.201 novas empresas, número 7,5% maior em comparação com o mesmo período do ano passado, ocasião em que 480.364 companhias surgiram. Para se ter dimensão da influência da crise econômica nos resultados, das 516.201 empresas abertas no trimestre, 413.555 foram MEIs, mostrando a forte tendência do microempreendedorismo individual. Diante dos dados apresentados pela Serasa, observa-se que os MEIs foram os únicos responsáveis pelo crescimento, já que todas as outras naturezas jurídicas apresentaram queda. No que se refere aos setores de atuação das novas companhias, 63% do número total dos novos empreendedores apostou em serviços. Já as empresas comerciais foram responsáveis por 28,4% da fatia (recuo de 6,6%), enquanto as indústrias representaram 8,4% do mercado. O destaque para o setor de serviços, no entanto, não é novidade, pois acompanha um resultado constante no Brasil ao longo dos seis últimos anos. Segundo o levantamento, apesar de os números apontarem crescimento, os registros só são maiores nas regiões Sudeste e Sul, que tiveram um acréscimo de 6,8% e 4,4%, respectivamente. Todo o restante do país apresentou baixa em novos empreendimentos. Interessante que, apesar disso, o Amapá foi o estado que liderou o crescimento nos primeiros três meses do ano: foram 1.239 novas empresas abertas, contra 894 no mesmo período de 2015, elevação de 38,6%. São Paulo ficou responsável pela liderança em quantidade, com 145.324 nascimentos.
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